QUEM SOU

Esse Blogue surgiu no coração de DEUS para o meu coração , foi um presente na minha vida , digamos que em uma fase de muitas adversidades em que eu estava passando e que nunca estaria escrevendo ou pelo menos pensando na possibilidade. Ele abrange tantas coisas, as nossas dúvidas,anseios,medos,mas beleza física,espiritual,intelectual e interior,fala de amor,de paz,de dores,de retorno,de perdão,superação....
A todas as mulheres que pensam que são fracas ai é que se tornam fortes ,porque é nesse momento que DEUS entra em ação com uma nova proposta nova de vida. A todas o meu carinho como mãe,mulher,profissional,cristã,culinária,decoradora,ambientalista,artista...e acima de tudo uma mulher que foi chamada para a vida no grande intuito de ser em DEUS .... uma mulher resiliente ...
Sejam Bem Vindas(os)!!!

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Que Jesus que você conhece?

Jesus era .é e sempre será vida! Jesus perambulava e ia até aonde o povo estava, o alvo dele era loiberdade, ele simplismente ia , era desalojado, era como o Pai, “claustrofóbico”, não podia ser “contido”, “aprisionado”. Ia às sinagogas, mas nunca quis ser membro delas, rejeitou a tentação de ser sacerdote, passou ao largo da possibilidade de tornar-se “refém” do Templo, deixou de lado a politicagem do Sinédrio e fez caso das seitas judaicas. Para Jesus, aquilo tudo tinha cheiro de morte, era a religião das aparências, da performance, do embuste, o estelionato do ser.

Por isso a escola de Jesus era na rua, nas esquinas, nos becos das cidades, nas casas, nos ajuntamentos a beira mar, ao pé da montanha ou nas colinas. Seus alunos não eram filósofos letrados, nem rabinos eruditos, muito pelo contrário, entre seus discípulos não havia pessoas com “pedigree”, apenas gente que queria aprender a ser gente.

Se não, observe! Veja se os encontros mais significativos de Jesus não foram com a rafaméia: a prostituta que ia ser apedrejada, os 10 leprosos, Zaqueu o publicano, a mulher do fluxo de sangue, o cego de Jericó, o aleijado do tanque de Betesda, a mulher Cananéia, a viúva de Naim, o endemoninhado gadareno, e outros tantos anônimos, excluídos, oprimidos, perseguidos.          

Lembro da parábola das bodas... Os convidados eram pessoas “distintas”, “nobres”, gente de “importância”, de “destaque”. Mas todos tinham seus afazeres e fizeram pouco caso do convite. Aí o Rei mandou chamar a gentalha, os estorvos, os miseráveis e os bêbados. Se fosse hoje estariam na festa viciados em crak, transexuais, lésbicas, gays, agiotas, traficantes, aidéticos, deprimidos, flanelinhas, e outros “diferentes”. Fico pensando se eu teria a dignidade necessária para me sentar à mesa com essa gente. Talvez não...

Fato mesmo é que Jesus ora estava aqui, ora ali, outra ora sabe-se lá onde. Até seus discípulos, por vezes, o perdiam de vista. Ele era ser errante, não tinha onde reclinar a cabeça, não criava “raiz”, nem amarras, sua casa era o mundo! Quando você pensava que Ele estava vindo, já tinha ido. Para Jesus a fila sempre estava andando, a vida sempre estava fluindo. Mas, desgraçadamente, aquela geração não soube reconhecer aquela “visitação”.

Olho as pessoas nos nossos dias... Elas estão sempre insatisfeitas, reclamando, querem mais e depois mais, buscam a fixidez, o concreto, a segurança, a estabilidade. Enquanto perdem tempo com suas questiúnculas, "a fila anda", o sonho passa, a vida segue, o tempo voa. É gente insegura, gente ansiosa, gente ingrata, gente irresolvida, gente intemperante, gente que deixou de ser gente, gente que se dessignificou como gente, gente que desaprendeu a ser gente, tornou-se substrato de gente, gente partida, dividida, gente que já não é mais gente.   

Para quem chegou neste estágio, só tenho uma coisa a dizer: “a fila já andou”. Enquanto você se emaranhava com tantas questões fúteis, com tantos projetos inúteis, com tanta megalomania, “a fila estava andando...”. Havia nas esquinas da vida gente precisando de carinho, de afago, de uma mão estendida, de uma palavra de conforto, de uma ação de misericórdia, de uma atitude de solidariedade, de uma decisão corajosa, de uma posição assumida, de uma consciência renovada, de uma alma quebrantada, de um coração expandido. E você, onde estava? Onde eu estava?! Ah, nós estávamos nos templos, nas reuniões, nos encontros religiosos, nas vigílias, nos seminários, estávamos “fazendo a obra”! Mas que obra?! A obra de quem?!

Hoje à tarde eu quase adormeci naquela fila... Agora estou com medo de estar adormecido quanto à existência que me cerca, aos dramas que me rodeiam, as calamidades que acontecem a minha porta, na minha cara, na esquina da minha rua, na frente do meu trabalho, na ponte, na praça, pois nestes lugares é onde estão os bêbados, os mendigos, os gays, os travestis, os maconheiros, essa gente que eu tenho desprezo de olhar, aversão de ouvir, nojo de tocar, medo de sentir.

Entretanto, o grande paradigma em tudo isto é que são justamente estes que Jesus quer que eu convide para a “festa”, pois são eles os mais receptivos a Graça e ao Reino. Agora, se eu não me “tocar” quanto a isto, corro o sério risco de, em algum momento, ouvir dEle: “desculpe filho; "a fila já andou"; tive de usar outro em seu lugar, pois você estava muito ocupado com a sua obra”.

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